domingo, julho 23, 2006

CONVERSANDO COM O COMPUTADOR

É exactamente o que faço, neste blogue, quando me sento à frente desta secretária e exprimo o que me passa pela cabeça.

Em Janeiro 2005, tive essa ideia. Há, diariamente, pensamentos vagabundos a saltitar de um lado para o outro dentro do nosso cérebro. Tudo serve para os movimentar. Apercebemo-nos, então, do impulso de falar ou comunicar, coordenando esses pensamentos, com o mundo exterior. E com qual interlocutor? Conheço muitos com quem é agradável conversar, todavia, nem sempre em consonância com as minhas curiosidades, os meus interesses. Resolvi o problema: converso com o computador.

Há milhares de blogues. Este é mais um. Logo, não pretendo escrever para ser lida. Se casualmente me lêem, certamente que o ego fica satisfeito, é inegável. Se me não lêem, talvez seja mais espontânea em escrever sobre o que muito bem me apetece, discorrer sobre o que mais absorve a minha atenção naqueles momentos e sem a preocupação de imaginar o que os outros possam pensar do que escrevo. Nem sempre estes pensamentos-vagabundos são interessantes para outrem; são-no para mim, e pelas razões acima aduzidas.

Paralelamente, este blogue é-me útil para ir expurgando alguns italianismos do meu português.
É curioso que, muitas vezes, passo de um jornal italiano a um português, ou vice-versa (La Repubblica / Público – os dois jornais que adquiro diariamente) e fico, por instantes, baralhada, pois não sei se, naquele momento, leio português ou italiano.

Iniciei este post para vagabundear sobre as sensações agradabilíssimas que experimentei hoje, em Serzedelo – aldeia (ou vila) do concelho de Guimarães – na quinta da família de velhos e queridos amigos – CT1WB, o marido, pai e avô feliz, inveterado e veterano radioamador. Porém, tenho a leitura dos meus jornais atrasada; tenho dois livros para acabar (a leitura; sim, porque leio três ou quatro livros de cada vez: mau ou bom hábito? Para mim é bom). Assim, acabo aqui, por hoje.
Domani, se ne avrò voglia, riprendo la chiacchierata. Traduzindo para os meus cinco leitores: amanhã, se tiver vontade, retornarei a esta conversa.
Alda M. Maia