EXPO 2015 EM MILÃO
“NUTRIR O PLANETA,
ENERGIA PARA A VIDA”
“Durante
seis meses, Milão tornar-se-á numa vitrina mundial na qual os países mostrarão
o melhor da própria tecnologia para dar uma resposta concreta a uma exigência
vital: conseguir garantir comida sã, segura e suficiente para todos os povos,
no respeito do Planeta e dos seus equilíbrios. (…) Expo Milão será a plataforma
de um confronto de ideias e soluções compartilhadas sobre o tema da
alimentação, estimulará a criatividade dos países e promoverá as inovações para
um futuro sustentável”.
(…)
Mas não só; Expo Milão oferecerá a todos a possibilidade de conhecer e provar os
melhores pratos do mundo e descobrir as excelências das tradições
agro-alimentares e gastronómicas de cada país”. – site: expo2015.org
Opinião de José Graziano da Silva, Director FAO: “Muitos expoentes da FAO estão presentes em
muitas das mesas que escreverão a Carta de Milão e estamos orgulhosos, junto
com as Nações Unidas, de dar o nosso apoio à Itália e aos muitos países aqui
presentes. Expo de Milão 2015 é uma exposição universal. Não diz respeito
apenas à Itália, não diz respeito apenas aos produtores de alimentos. É um coro
de todos os países para enfrentar as problemáticas universais. Milão deverá ser
a sede na qual todos nós falaremos da transição, desde os Objectivos do
Millennium (Millennium Development Goals) aos da sustentabilidade do futuro.
Expo Milão proporcionará esta discussão a quem visitará 145 moderníssimos
pavilhões”.
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Do alto da sua actual
insignificância administrativa e política, Portugal entendeu que tudo isto são
matérias e experiências de escasso interesse para a nossa economia, cultura e
prestígio. Logo, para quê esforçar-se por colectar cerca de seis a oito milhões
de euros para a inscrição de Portugal nesta que todos consideram uma grande e
interessante exposição?
Que importância pode
ter, para estes cérebros limitados, esforçar-se por incluir o nosso país “dentro
dessa vitrina mundial”?
A Senhora Ministra da
Agricultura e do Mar, Assunção Cristas, também do alto da sua
irresponsabilidade, entendeu que “as opções
disponíveis em termos de localização de espaços não eram as mais adequadas em
termos de representação”… consequentemente, a Expo de Milão 2015 já em nada
no poderia interessar.
Esta Senhora não se
lembrou que tudo o que é de interesse nacional deve ser projectado com a
antecipação necessária para um bom efeito. Se acordou tarde para obter “espaço
adequado”, tudo isto é a confirmação da sua incompetência e impreparação para projectar
Portugal, proficuamente, fora das suas fronteiras.
E que têm a dizer os
ministérios com alguma responsabilidade neste assunto, como o dos Negócios
Estrangeiros e o inefável vice-primeiro-ministro, Paulo Portas?
Lêem-se estas
justificações ou silêncios e não sabemos se indignarmo-nos contra esta gente com
responsabilidades no país ou, pelo contrário, contra os cidadãos portugueses
que tudo aceitam e, digamos, jamais quiseram cultivar o poder da indignação
perante actos que tanto nos prejudicam e desqualificam.
Somos o país dos
conformistas, dos acomodados. Ou de uma forte e voluntária ignorância que
prefere refugiar-se na apatia? Deprimente!
Nesta ausência de
Portugal na Expo Milão 2015, não é explicável nem admissível a inércia ou a indiferença
– chamem-lhe como quiserem – do
secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal, o Dr. Luís
Miguel Correia Mira.
Como pessoa muito qualificada, Membro do Conselho Económico e Social, não se apercebeu, em tempo
útil, da inactividade do Governo acerca deste assunto? Quem, e mais do que
ninguém, deveria pugnar e envidar todos os esforços para que Portugal conseguisse
os oito milhões necessários para cobrir as despesas na Expo?
Informou-se bem sobre
o programa, sobre todos os temas de interesse vital e variadíssimos que serão
debatidos, do dia 1 de Maio até 31 de Outubro, na Expo Milão 2015? Ponderou bem
nas vantagens para Portugal, estando presente e mostrando o que valemos?
Quando o Dr. Luís
Mira comenta que “não sabe como foi possível ter deixado passar esta
oportunidade para um sector que tem revelado uma enorme capacidade de crescer
nas exportações”, francamente, a indignação é obrigatória. Onde vive? Que
significa, para este Senhor, o cargo de Secretário-geral da CAP?
Onde esteve também a
associação que promove produtos portugueses agro-alimentares, isto é, Portugal Foods? Não caberia a esta
associação exercer todo o género de pressões e diligências a fim de que o nome
de Portugal figurasse na lista dos países participantes da Expo Milão 2015?
Se efectuou essas
diligências, ninguém se apercebeu.
Como a indignação é
pesada, abstenho-me de mais comentários.
1 Comments:
Acabei de chegar de Milão...Achei também inadmissível Portugal não ter um Pavilhão...Só posso verificar que há muito mau planeamento e´gestão dos organismos portugueses.
1-Podiam ter aberto Concurso de Ideias às Universidades e Centros de Investigação Portugueses,sem prémio,só menção honrosa a quem ganhasse.
2- Podiam ter solicitado patrocínio às Empresas de Construção, Confederação de Agricultores, de Industriais Alimentares,Supermercados Restauração e Chefs de craveira internacional para a construção do referido Pavilhão...e mais não digo...PRIMEIRO PLANEAR PARA DEPOIS GERIR... Manuela Carrasco -Geógrafa
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