segunda-feira, março 13, 2017

CASOS DA SEMANA

Através do que lemos e o que as notícias audiovisuais nos vão transmitindo, o conhecimento dos eventos diários, como de norma, avoluma-se: uns de características normais; outros que escapam à normalidade.

Olho para a Turquia e, mais uma vez, avalio com antipatia e uma certa repulsa a actividade política, nacional e internacional, do seu presidente, Recep Erdogan.
Aspirante a presidente incontestado de uma nova espécie de sultanado, não se conforma nem aceita os obstáculos que se interpõem às suas ambições totalitárias. Porém, esqueceu-se que não lhe é permitido interferir, sobretudo com sobranceria, nos países europeus, apesar de aqui residirem cerca de cinco milhões e meio de cidadãos turcos.

O Sr. Erdogan convocou um referendo para o próximo 16 de Abril cujo “sim” reforçará os poderes presidenciais. Obviamente, quer que a comunidade turca na Europa vote a favor, portanto, enviou ministros para comícios eleitorais onde essas comunidades são maiores. Alemanha, Áustria, Suíça e Holanda não os permitiram, “por questões de segurança”.

 O ministro dos Negócios Estrangeiros turco, Cavusoglu, todavia, decidiu ir a Roterdão, apesar de proibição do comício pelo Governo holandês. Com arrogância, advertiu: “Se não me permitirem aterrar, as sanções contra a Holanda serão duras”.
Mas a aterragem do voo de Estado do Ministro Cavusoglu não foi permitida.
De Ancara, a reacção do presidente Erdogan foi imediata. Além de proferir ameaças, classificou os holandeses como “resíduos nazis e fascistas”, acrescentando: “Agora não se pode considerar a Holanda como um aliado”.

Normalmente, certos atritos ou incompreensões entre países procuram resolver-se através das normas diplomáticas, o que é sempre aconselhável. Tais normas, porém, tornam-se difíceis ou nulas, quando predomina a arrogância. Mas Erdogan, com certeza, nunca aprendeu que a soberania de um outro Estado deve ser, sempre, respeitada.
Mas deixemos a arrogância de estadistas desprovidos de inteligência crítica e passemos a temas que enternecem.

****** *******

“Cão regressa ao canil com uma carta de recomendação da menina que tanto o tinha amado” – título da história, verdadeira.

Um bóxer de três anos, em Setembro passado foi adoptado por uma família com quatro filhos ainda crianças. Decorridos alguns meses, o cão, a quem deram o nome de Rhino, regressou ao refúgio (Humane Sociaety of Utah). Como motivo da restituição, o cão era demasiado barulhento para os filhos pequenos.

Para a filha mais novinha, todavia, não foi uma decisão fácil de aceitar. Junto com Rhino, a menina entregou um pequeno caderno de molas. Ficaram surpreendidos, mas a surpresa foi ainda maior quando leram a carta que a menina ali escrevera:
Olá, se estás a ler isto, ficas a saber que é necessário encontrar uma nova casa ao Rhino, imediatamente. Foi o meu cachorro. Espero, sinceramente, que encontre um bom sítio onde estar. Sentirei tantíssimo a sua falta. Queria que soubesses que é verdadeiramente um bonito cachorro”.

A carta continuava, dando uma série de instruções e conselhos para os novos patrões: “Diz-lhes que devem fazê-lo correr pelo menos duas ou três vezes por dia; dar-lhe banho uma vez por mês; dar-lhe um monte de atenção.
Rhino é um cachorro muito inteligente. Ele ama as pessoas, mas odeia as cerimónias. Se começar a ladrar como um tolo, então deves só armar-te de tanta paciência”. Gosta de dormir debaixo das cobertas”. Não lhe mudes o nome. Ele chama-se Rhino Lightning….
Rhino é um sonho às tiras. As suas bochechas fazem um saco de baba. Peço-te para lhe dizeres que o amo e que me faltará todas as noites”

Rhino ficou no canil apenas uma semana. Passado este tempo, foi adoptado por outra família, a qual levou o boxer e o caderno com todas as recomendações da menina que teve de o ceder. A mesma família procura respeitar todas essas recomendações e conselhos e manteve o nome Rhino. Acharam a carta da menina verdadeiramente encantadora.