O ESTUPRO
NÃO É UMA AGRESSÃO SEXUAL?!
Para
ser classificado como crime de agressão sexual, a vítima deveria ter reagido,
opondo uma feroz resistência á violência de cinco energúmenos. Não o fez? Pois
muito bem, não se trata de violação; é, muito simplesmente, um “abuso sexual”.
Se
não tens a força física ou mesmo um instrumento de defesa, tu, mulher só e
indefesa, não te lamentes se cinco humanos animalescos te violentaram. Em fim
de contas, “estavas a pedi-las”… não é assim que muita gente raciocina? Infelizmente,
ainda há, e em quantidade apreciável, quem cultive esse pensamento.
É
incrível a argumentação dos juízes espanhóis, no tribunal de Pamplona, quando
emitem um juízo de condenação, relativamente à violência de cinco brutamontes
sobre uma jovem de 18 anos!
Se
ao texto da sentença tivessem acrescentado: ”Se isso te aconteceu, no futuro procura ser mais cuidadosa”, nada
me surpreenderia. Estaria tudo em
perfeita sintonia com o atraso moral e humano destes machos que ainda
raciocinam como os de há alguns séculos atrás. Porém, é absolutamente
imperdoável, quando se trata de magistrados. Mas pior ainda, emitindo sentenças
em que a vítima é uma jovem daquela idade.
Resumindo:
nas violências sexuais, a mulher, quer seja adolescente ou adulta, tem sempre a
sua dose de culpa: é provocadora, prestou-se aos avanços dos atrevidos; seja
mais recatada. Só lhes falta, obrigatoriamente, terem de pôr o véu ou
esconderem-se debaixo de vestuário conventual. E mesmo assim!...
Que
sejam provocadoras ou não, isso está no bom gosto e equilíbrio moral e
intelectual de cada uma. Por sua vez, o sexo oposto não goza de uma liberdade
descontrolada que lhes permita brutalidades sobre quem quer que seja do sexo
feminino.
Os
tarados sexuais devem ser observados e classificados por aquilo que são, pois
entendo que não há qualquer género de justificação que possa atenuar a
gravidade de actos de violência, seja qual fora sua natureza; mais degradante,
todavia, quando fere, indelevelmente, a dignidade da vítima.
Perante
o exemplo de Pamplona, é chegada a altura de exigir mentalidades correctas,
actualizadas e, acima de qualquer outra consideração, juízes com mentalidades absolutamente
limpas de preconceitos ou conceitos intelectual e socialmente preestabelecidos.
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